Quando falamos em tráfego pago, é comum pensar que quanto maior o volume de busca, melhor. Afinal, mais gente pesquisando significa mais chances de vender — certo?
Errado.
Em campanhas bem estruturadas no Google Ads, muitas vezes os verdadeiros resultados vêm dos termos considerados “pequenos demais” para merecer atenção: as chamadas palavras-chave de baixo volume de busca, geralmente trabalhadas com correspondência exata.
Neste artigo, vou te mostrar como essa estratégia pode ser mais eficaz, econômica e inteligente — especialmente para empresas com orçamentos enxutos e foco em performance.
Por que os termos com correspondência exata são tão poderosos?
O Google Ads frequentemente recomenda o uso de correspondência ampla para alcançar um número maior de usuários. Mas o que pouca gente te conta é que isso nem sempre significa mais conversões — e pode, inclusive, significar mais desperdício.
Já os termos de correspondência exata são altamente específicos. Eles ativam seus anúncios somente quando o usuário pesquisa exatamente aquela palavra-chave, ou variações muito próximas. Isso atrai pessoas com alta intenção de compra — o que melhora a taxa de conversão e reduz o custo por aquisição (CPA).
Exemplo prático: o problema da correspondência ampla
Imagine que você está anunciando o serviço de marketing digital local com a palavra-chave ampla:
“Marketing Digital em Juiz de Fora”
Embora essa expressão traga mais volume, seu anúncio pode aparecer para buscas como:
- “Aprender marketing digital em Juiz de Fora”
- “Trabalhar com marketing digital em Juiz de Fora”
- “Agências de marketing digital em Juiz de Fora”
Percebe o problema?
Nenhuma dessas buscas representa alguém com intenção direta de contratar um serviço. Você estará pagando por cliques que não vão se converter em clientes.
Palavras-chave negativas ajudam, mas não resolvem tudo
Uma forma comum de contornar esse problema é utilizar uma lista de palavras-chave negativas. Isso realmente ajuda, mas:
- Demanda tempo constante para revisar e negativar novos termos;
- O algoritmo precisa de um período de aprendizado — e nesse meio tempo, você está queimando verba com cliques desqualificados.
Estratégia recomendada: saturar primeiro a correspondência exata
Se você tem um orçamento mais limitado ou precisa de resultados rápidos, o melhor caminho é começar pelas palavras que você sabe que funcionam. No meu trabalho com clientes, sigo essa lógica:
- Começo sempre com termos de correspondência exata, validando os que geram resultado.
- Só depois, avanço para correspondência de frase ou ampla, com objetivos como:
- Explorar novas oportunidades de palavras-chave;
- Ampliar alcance de forma controlada;
- Trabalhar novos funis ou campanhas de topo.
E quando usar correspondência ampla?
Ela não deve ser descartada, mas precisa ser usada com clareza de objetivo. Alguns casos onde faz sentido:
- Quando o negócio ainda está descobrindo os termos que funcionam;
- Para pesquisa exploratória, antes de estruturar uma campanha definitiva;
- Em campanhas de volume ou marca, onde o foco não é conversão direta.
Nesses casos, é essencial mensurar os termos que realmente geram resultado — seja com ferramentas de análise ou com feedback direto da equipe comercial.
Dado importante: correspondência exata converte mais
Segundo estudos da Wordstream, os termos com correspondência exata tendem a apresentar até o dobro da taxa de conversão comparado aos termos amplos — quando usados estrategicamente.
Isso reforça que volume não é sinônimo de resultado.
Conclusão: menos volume, mais resultado
Em resumo:
- Nem sempre mais tráfego é melhor;
- Correspondência exata ajuda a qualificar o público e reduzir custos;
- Comece pequeno, inteligente e estratégico — só escale depois que os termos mais valiosos estiverem dominados.
Quer revisar sua campanha e descobrir se está desperdiçando verba com termos irrelevantes?
Entre em contato. Posso te ajudar a construir uma estrutura mais enxuta, inteligente e focada em resultado.